sexta-feira, 30 de julho de 2010

CONEXÃO INTERROMPIDA


A disciplina era adaptação de obras, ministrada pela Mestra Claudia Garrocini. Deveríamos ler um texto e adaptarmos para um produto audiovisual. As opções eram poucas, então, acabamos escolhendo “A Cartomante” de Machado de Assis para fazer a adaptação.
Fiquei feliz quando descobri que a adaptação não precisava ser fiel ao texto, ou que até mesmo eu poderia usar apenas aspectos específicos da obra. Seria mais como uma inspiração do que adaptação. Fiz uma leitura com meu amigo Richelme, que atuou na produção executiva do projeto e mãos a obra.
Particularmente achei a história monótona e queria implantar algo mais contemporâneo ao nosso curta. Então, dos aspectos originais deixei apenas o triângulo amoroso narrado em “A Cartomante” e transformei a personagem do título original em algo mais simbólico como a Internet!
Explicarei... rs... No texto original de “A Cartomante” os personagens acreditam fielmente no poder sobrenatural, no destino, nas cartas. As pessoas eram guiadas pelas leis do sobrenatural e “descobriam” as coisas por intermédio das cartas, da leitura de mão, da bola de cristal. Hoje em dia as pessoas são mais cépticas á respeito dessas crenças do adivinhamento. Com a crescente onda dos charlatões as cartomantes perderam a vez e as pessoas só acreditam naquilo que vêem! É ai que entra a antagonista da nossa história: A INTERNET.
Hoje em dia as pessoas acreditam em tudo em tudo o que esta na rede. É ela que mostra a nossa tal realidade! Estamos presos em uma realidade inventada, como no filme MATRIX onde nada era o que parecia ser. Se você quer descobrir alguma coisa basta ir até a internet e investigar a vida inteira do objeto de desejo.


Assim como a cartomante fez no livro, a internet também é a vilã, pois, ela acaba com relacionamento. Dita o que devemos fazer como devemos ser. É ela que esta no comando! A partir dessa premissa nasceu o enredo de “Conexão Interrompida” uma história onde as pessoas vivem em função da tecnologia e acabam perdendo o contato humano.

A TV, O CINEMA.

Quando comecei o curso de Rádio e TV demorei um pouco para me adaptar a linguagem televisiva. Era difícil para eu desvincular o cinema da televisão, pois, eu achava que eram mídias muito próximas. Com o tempo eu fui me acostumando com a agilidade da TV e deixando um pouco de lado os vícios de imagem que vinham de cinema. TV é macarrão instantâneo e cinema é a macarronada da mamãe. Mas ambos são gostosos, o primeiro é pratico e gostoso e o segundo é trabalhoso e saboroso.
No caso de Conexão interrompida tentei usar o pratico e gostoso , mas também usei muito do trabalhoso e saboroso, afinal era um unitário, e o unitário na televisão nos permite brincar mais com a câmera e os cortes, pois temos um tempo maior do que a tele-novela ou os programas diários.
Outra coisa muito importante que aprendi com esse unitário foi a importância de trabalhar com um público especifico. Na faculdade aprendemos a estudar o tipo de publico que queremos atingir. No caso do conexão o público alvo era o adolescente e então fizemos um estudo do tipo de musica que os jovens ouvem e qual a relação deles com a tecnologia.

O resultado é esse! Espero que gostem!









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